

Nós brasileiros sabemos que o futebol, querendo ou não, faz parte da nossa vida e principalmente da nossa cultura. Afinal, não é a toa que o Brasil é conhecido mundialmente como “O País do Futebol”. A paixão pelo futebol faz parte de nossa história, de nossa tradição, da cultura de uma parcela muito significativa dos brasileiros.
E que melhor ocasião para falar da história, da sociologia, da psicologia e da ciência envolvida no futebol do que a realização do maior campeonato mundial de futebol no Brasil? Entre em campo com a equipe do SciCast, que traz Ronaldo (Doutor), Estrela (Fenômeno), Matheus (Imperador), e a ajuda inestimável de Ana (Profeta) e Matheus (Toad) sob a coordenação do técnico Silmar (Professor), para enfrentar os 90 minutos mais divertidos e informativos que você terá nesta copa.
Descubra as origens violentas do futebol, por que a competitividade é tão estimulada nos esportes em geral e se submeta ao exame anti-doping se tiver bebido menos de 8 cafés. Saiba onde conseguir um bom apito e decida de uma vez por todas se #vaitercopa ou #nãovaitercopa…
[su_audio url="http://www.scicast.com.br/podpress_trac/web/2553/0/SciCast033_Especial_Futebol.mp3"]Continue lendo lá no SciCast.
Copa do mundo de Quadribol! pic.twitter.com/OkdHmPL5Hq
— Toad (@toadgeek) June 28, 2014
Também, mas refiro no que ele faz dentro dos gramados mesmo.
"Então você se refere à magia da simulação??" - Não, de magia e simulação, outros jogadores conseguem se destacar tanto quanto Neymar:
Robben apela para feitiçaria e assusta adversários. Cenas fortes! pic.twitter.com/5ZG5wiHHO7
— Toad (@toadgeek) July 5, 2014
Cisne Laranja ataca novamente. pic.twitter.com/0k92u7KoiU
— Toad (@toadgeek) July 5, 2014
Ok, voltando ao Neymar, estou falando dos dribles rápidos, chapéus, chutes de diversas distâncias, passes e todas as coisas que irritam os raters do cara. Sim, tem gente que acha que o Neymar é só mais um...
Cada um cada um, eu respeito sua opinião, apesar de achar que você não entende nada de futebol. (hahahahahahahaha desculpe).
https://www.youtube.com/watch?v=u026tp4pnyY
Mas... como ele consegue isso? Foi a pergunta que um grupo de neurologistas japoneses também fizeram. E resolveram investigar.
Em fevereiro eles mediram as atividades cerebrais do atleta do Barcelona e descobriram que, comparado ao que foi medido em atletas amadores, ele usa cerca de 10% menos funções cerebrais quando executa movimentos como girar no próprio eixo em um drible.
Os números surpreendem por serem muito diferentes de outros jogadores de futebol da Espanha, por exemplo, mas também alguns praticantes de outros esportes, que participaram do estudo.
>> Ouça também: Ciência e Futebol no SciCast
Depois de avaliar os resultados, os cientistas concluíram que a qualidade de Neymar implica no uso de muito instinto e respostas físicas instantâneas, como se o cérebo já estivesse em modo de piloto automático quando ele decide o que fazer com a bola.
"Descobrimos isso nas imagens de Ressonância Magnética que a atividade cerebral de Neymar revelou. É possível que a genética seja um papel importante, ajudada pelo tipo de treinamento que ele faz." - supôs Eliichi Naito, um dos pesquisadores japoneses que participaram da pesquisa.
E em outra entrevista, para o jornal japonês Mainichi Shimbu, ele disse: "Uma menor atividade cerebral neste caso significa menor custo e menor desgaste, o que permite a ele executar mais movimentos complexos ao mesmo tempo."
Segundo os neurologistas, esse resultado também é o esperado em outros jogadores, como Cristiano Ronaldo e Messi, mas estes atletas não fizeram parte dos testes de fevereiro.
[su_youtube url="https://www.youtube.com/watch?v=pWpgrqmnH_Q"]
E mesmo eu sendo apenas um geek desta Internet brasileira, aceitei a parada imediatamente e aqui está meu vídeo para o #DesafioDoGeloELA. No vídeo eu comento que a ideia da campanha, além da arrecadação, é a conscientização. A escolha de um balde de gelo se dá pois, de uma forma diferente, claro, ao ser atingido por água muito gelada, temos nossas reações motoras reduzidas. Se ficar assim, por alguns segundos, é ruim, imagina para quem tem a doença. É pra se pensar e pra ajudar. Para a minha doação, escolhi a ABrELA pelos seus resultados que eles demonstram e pela relação pessoal com familiares de pessoas que passaram por pelo problema no Brasil. Devo passar o desafio à diante, estão intimados à partir de agora Nick Ellis, Marcelo Souza e o Pirulla. Usem sua criatividade pois a causa é justa. E, pra todo mundo, participando ou não do desafio, DOEM!!Nós não somos profissionais de pesquisa da vida selvagem, nós somos idiotas que jogam videogame. Divirta-se!Deu pra entender, certo? =)
Por Matheus Gonçalves, publicado originalmente no MeioBit.
Durante a #DragonCon2015, eu tive o prazer de conversar com a Ph.D. em geologia planetária da NASA Sarah Milkovich em uma entrevista exclusiva sobre seus projetos de exploração de Marte, sobre as rovers na quais ela já trabalhou (incluindo a futura Mars 2020) e, claro, sobre água em Marte.
Tá imperdível! Aperte o play, compartilhe com seus amigos, dê aquele joinha e se inscreva no canal! =)
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Vamos tentar aqui explicar porque George Boole é muito mais importante que a busca do Google e como o Google usa também outros conceitos computacionais.
Por Matheus Gonçalves
Hoje alguns sites que eu considero muito importantes e confiáveis começaram a divulgar o novo doodle do Google, homenageando o aniversário de 200 ano de George Boole. Toda homenagem a ele é muito bem vinda, afinal Boole foi um matemático brilhante, criador de um conceito básico de qualquer computador que existe hoje em dia.
Este é o Doodle:
Acontece que alguns destes sites, como a gigante BBC, estão informando seus leitores da seguinte forma:
Poxa, eu entendo que álgebra booleana é um assunto meio espinhoso e é necessário dar uma mastigada pra ficar mais didático. Entendo também que eles quiseram fazer um link entre o doodle do Google e sua ferramenta de busca. Mas do jeito que foi colocado, ficou parecendo que Boole inventou a fórmula do Google (o que não é verdade) e que ele só é importante por isso.
Álgebra Booleana existe em todos os computadores, em software e hardware
Eu não vou entrar aqui nos detalhes de quem foi o matemático inglês George Boole. Existe muita coisa online sobre ele.
Em vez disso, o meu foco será tentar complementar o trabalho da BBC sobre o assunto, me aprofundando um pouco mais e fazer aqui o que talvez não fosse possível fazer lá.
Por exemplo, precisamos citar que o conceito de álgebra booleana foi criado em meados de 1854, como uma forma revolucionária de pensar, não só para lógica, mas também para engenharia e ciências da computação.
Sim, circuitos eletrônicos. Placas, portas digitais. Aquelas coisas que parecem cidadezinhas em miniatura dentro do computador ou rádio que você algum dia deve ter aberto e tomou bronca de algum adulto. Ou quando você estava tentando montar algum computador, placa mãe, placa de vídeo, aquela coisa toda.
Computadores trabalham com 0 e 1. Mas como manipular isso?
Vou tentar mostrar alguns conceitos de eletrônica aqui, mas não se assuste se não entender muito bem. A ideia é mostrar que isso está presente num microcontrolador, no hardware de um equipamento eletrônico.
Veja a imagem abaixo (publicada pelo All About Circuits), e tente enxergar como se fossem interruptores ligados a uma lâmpada. Dependendo do que você fizer com os interruptores, quais você ligar ou não, a lâmpada pode ou não acender.
Essa coisa que parece uma ponta de flecha é uma porta OR (OU). Para que o resultado seja igual a 1 (luz acesa), OU uma entrada precisa ser igual a 1, OU a outra entrada precisa ser igual a 1. Por isso que quase todas as lâmpadas estão acesas.
Existem outros tipos de portas, como portas AND (E), que precisam que uma entrada E outra entrada sejam igual a 1 ao mesmo tempo para dar um sinal de saída igual a 1 e acender a lâmpada.
Uma vez que você aprende como essas portas funcionam, você consegue ir manipulando as entradas e saídas com sinais, obtendo o resultado que você procura, para, por exemplo, exibir um resultado de uma soma, ou mostrar caracteres em um display eletrônico.
Essa fórmula também pode ser explicada mais tecnicamente da seguinte maneira:
Isso me lembra minhas aulas de técnicas digitais na faculdade. Era bem divertido ficar brincando de atendente do PABX (pergunte pros seus pais).
Ou seja, essa álgebra booleana permitiu que, com cruzamentos bem mais complexos, conseguíssemos manipular sinais digitais e eventualmente chegamos a como os computadores funcionam atualmente.
E como esse conceito de lógica funciona no software?
De forma geral, qualquer programa de computador que faça a verificação de duas variáveis, dentro de um conceito lógico binário, também está utilizando álgebra binária.
Imagine um jogo ou qualquer sistema de cadastro que mostre uma lista de cidades baseado em parâmetros de entrada. Como, por exemplo, um país e um CEP.
Se o sistema for bem feito, o país e o CEP serão utilizados para criar os sinais de entrada. Para cada vez que, na lista de cidades, o país e o CEP forem iguais aos que você escolheu, o sistema vai retornar 1 e adicionar aquela cidade à lista para exibir pra você no final da consulta.
E operações lógicas assim acontecem em praticamente qualquer programa ou aplicativo, não só para cadastros, mas para tomadas de decisão ou operações triviais.
Portanto, o que Boole criou está presente nas buscas do Google porque existe em quase qualquer computador e quase qualquer software.
E como funciona o algorítimo do Google então?
Essa é uma pergunta de US$ 1 milhão. Além de usar lógica e álgebra booleana em seus robozinhos e servidores, a gente imagina que a empresa também use sistemas avançadíssimos de indexação feita com o Googlebot, que determina a frequência com que visita uma página segundo uma série de fatores, como sua importância, número de acessos.
Isso sem contar algum tipo de busca vertical e horizontal, programadas em casa e das quais nós reles mortais nunca vimos o código (talvez aplicando grafos), que consegue cruzar essas informações e dar uma resposta ao usuário em segundos.
Na soma dos fatores...
Dá pra se aprofundar muito na arquitetura do Google, mas isso fica pra outro post. O que eu queria evidenciar é que:
A Lógica e a Álgebra criada por George Boole são usadas em muito mais que o Google, e que o Google usa muito mais que esses conceitos booleanos em seus sistemas. Espero que a magnitude destas diferenças tenha ficado clara.
Mas como esses são assuntos que podem ser complementados com outros detalhes, não fique tímido e colabore com o post aqui embaixo na área de comentários. Aqui no TOAD nossa relação com o leitor é AND, e não NOT.
Let's discuss.
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Com o DeepDream, esse site russo misturou pares de fotos e a combinação de padrões ficou de explodir a cabeça!
Por Matheus Gonçalves
Um artista digital russo criou um site chamado Ostagram, no qual usuários podem combinar duas fotos aleatórias através do DeepDream, um software criado pelo Google que encontra e melhora padrões em imagens através de um processo conhecido como pareidolia algorítmica.
O codinome desse projeto era Inception e basta olhar as imagens que ele gera pra entender o motivo.
É mais ou menos o que faz o site Deep Dream - Online Generator, mas com duas imagens entre si, e com resultados que são verdadeiras peças de arte.
Veja que coisa mais maravilhosa:
Deixa eu fazer um questionamento aqui, que talvez seja um paradoxo novo: essas imagens, as originais, precisaram do toque humano para evidenciarem todo seu caráter artístico. São quadros, pinturas, fotografias, gravuras, feitas pelo ser humano. Logo, arte é um fator humano. Certo? Então...
Se combinarmos imagens geradas pelo DeepDream, à partir de qualquer aleatoriedade computacional, sem interferência humana, essa arte foi feita pelo computador. Logo, seria arte algo extensível a geradores autônomos?
O que é arte senão a expressão artística de algo que culmina em obras que nos despertam reações e sentimentos únicos? Se alguém usasse essa rede neural para gerar quadros lindíssimos, e esses quadros fossem expostos em galerias de arte, sem citar o autor, passariam como algo humano?
Seria arte computacional capaz de passar num eventual "Teste de Turing" artístico? Fica aí o questionamento.
Você encontra mais imagens como essas no Facebook do Ostagram.
O post Site russo usa o DeepDream pra combinar imagens aleatórias e o resultado é espetacular! apareceu primeiro em Toad.
Mary Schweitzer é uma paleontóloga, PhD em Biologia da Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
Em meados de 2016 ela publicou um estudo testando a hipótese de que, assim, talvez ela tenha encontrado células de sangue em um fóssil de um Tiranossauro Rex.
De acordo com o que sabíamos até então, isso não parecia possível. Ela explica a descoberta nesse vídeo:
Em algumas entrevistas que seguiram desde sua descoberta, ela afirmou estar um pouco receosa, porque mesmo depois de testar e confirmar suas hipóteses, ela sabia que iria enfrentar muita resistência, críticas e questionamentos da comunidade científica.
Alguns poderiam ver a reação da cientista com surpresa, e entender que a Ciência sempre luta para confirmar o seu próprio viés, que os cientistas possuem uma certa teimosia em aceitar ideias diferentes, que existe uma força tentando esconder essas descobertas e que por isso não deveríamos confiar na Ciência.
E é compreensível alguém pensar dessa forma, até certo ponto.
Acontece que esse é o posicionamento esperado de todo e qualquer cientista. Parece estranho, mas eu vou explicar:
O cérebro humano é uma ferramenta espetacular, mas essa ferramenta tem falhas. Umas delas é buscar o reconhecimento de padrões a qualquer custo, o que pode resultar em um viés de confirmação. E tem um motivo muito bom pro nosso cérebro fazer isso. O pessoal do do canal Minutos Psíquicos explicou muito bem como isso funciona nesse vídeo:
Apesar de ter ajudar a gente em algumas tarefas de aprendizados, podemos nos deixar levar por uma crença prévia que nos leva a uma conclusão que pode não estar certa.
É por isso que o método científico tenta eliminar esse viés de confirmação antes de aceitar uma conclusão como verdadeira.
Portanto, quando alguém publica um artigo científico, seu conteúdo passa a ficar disponível para outros cientistas analisarem e refazerem o experimento, tentar achar algum erro na pesquisa, para ver se eles chegam nas mesmas conclusões.
A ideia é justamente essa: para evitar que a gente aceite como verdadeiro algo que na verdade pode ser falso, primeiro a gente tenta ver se existe como provar que isso tá errado (por que existem algumas proposições que não podem, então elas provavelmente também não podem ser provadas corretas). Se existir, eles tentam provar que tá errado. Não por teimosia, não pra esconder a verdade, mas pra chegar na verdade.
Se depois de analisar as evidências, eles não conseguirem provar que tá errado, então provavelmente aquelas hipóteses estão corretas, e outros cientistas passam a usar aquele estudo como base para seus próprios estudos, em um ciclo de aprendizado coletivo.
E é por isso que o método científico é um dos mais confiáveis pra gente analisar a realidade que nos cerca.
E o que aconteceu quando outros cientistas passaram a perceber que o estudo feito por Mary Schweitzer estava correto? Eles passaram a divulgar seus resultados e o estudo foi aceito pela comunidade científica, divulgado em sites, revistas e publicações da área, além de sair em várias notícias:
E muitos outros exemplos. Então não é uma questão de teimosia, nem de esconder a verdade da população, muito menos de confirmar um viés próprio.
É justamente para garantir exatamente o oposto disso, para que a gente sempre evolua nosso conhecimento e jamais se deixe levar por um conhecimento que não tenha evidências sãs.
Evidências essas que possam ser reproduzidas por outros cientistas e que nos levam um passo adiante nessa busca pelo entendimento da vida, o nosso universo e tudo mais.
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